Poeta e jornalista italiano nascido em Arezzo, famoso por seus versos mordazes e até pornográficos, destinados a escandalizar seus concidadãos. De família humilde, não teve formação clássica e viveu principalmente em Veneza, cidade onde se tornou amigo de reis e papas e, no outro extremo, protetor de vagabundos e indigentes, e também onde morreu. Conta-se que enriqueceu chantageando poderosos, que temiam a agressividade de seus escritos, porém fez questão de permanecer plebeu, avesso a todos os mitos morais que sustentavam as concepções literárias da época. Famoso por suas violentas críticas aos grandes da época, aos artistas e aos religiosos, granjeou inimigos que chegaram a ameaçá-lo de morte, também ficou conhecido por seus escritos pornográficos, sobretudo em obras como I ragionamenti (1534-1536), Os Capitoli (1540), e Sonetti lussuriosi (1525). Também destacou-se como jornalista, onde publicou críticas mordentes e às vezes caluniosas no Pasquino, em Roma, e em Delle Lettere (1538-1557) e na literatura, onde, utilizando uma linguagem popular, como na tragédia Orazia (1546), e faleceu em Veneza.
Abaixo um soneto para se ter a idéia do estilo luxurioso do autor. Ah este post é uma homenagem para meu amigo Jorge que sabe tudo de Arentino e outros mais.
Espero que gostem!!!
Décimo primeiro soneto luxurioso
Para provar tão célebre caralho,
Que me derruba as orlas já da cona,
Quisera transformar-me toda em cona,
Mas queria que fosses só caralho.
Se eu fosse toda cona e tu caralho,
Saciaria de vez a minha cona,
E tiraria tu também da cona
Todo prazer que ali busque o caralho.
Mas não podendo eu ser somente cona,
Nem inteiro fazeres-te caralho,
Recebe o bem querer da minha cona.
E vós tomai, do não assaz caralho,
O ânimo pronto; baixai a vossa cona,
Enquanto enfio fundo o meu caralho.
Depois, sobre o caralho
Abandonai-vos toda com a cona,
Que caralho eu serei, vós sereis cona.
terça-feira, 21 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Eu te encontro...
terça-feira, 14 de abril de 2009
Façamos (Vamos amar) - Chico Buarque
Os cidadãos no Japão fazem
Lá na China um bilhão fazem
Façamos, vamos amar
Os espanhóis, os lapões fazem
Lituanos e letões fazem
Façamos, vamos amar
Os alemães em Berlim fazem
E também lá em Bonn
Em Bombaim fazem
Os hindus acham bom
Nisseis, níqueis e sansseis fazem
Lá em São Francisco muitos gays fazem
Façamos, vamos amar
Os rouxinóis nos saraus fazem
Picantes pica-paus fazem
Façamos, vamos amar
Uirapurus no Pará fazem
Tico-ticos no fubá fazem
Façamos, vamos amar
Chinfrins, galinhas afim fazem
E jamais dizem não
Corujas sim fazem, sábias como elas são
Muitos perus todos nus fazem
Gaviões, pavões e urubus fazem
Façamos, vamos amar
Dourados no Solimões fazem
Camarões em Camarões fazem
Façamos, vamos amar
Piranhas só por fazer fazem
Namorados por prazer fazem
Façamos, vamos amar
Peixes elétricos bem fazem
Entre beijos e choques
Cações também fazem
Sem falar nos hadoques
Salmões no sal, em geral, fazem
Bacalhaus no mar em
Portugal fazem
Façamos, vamos amar
Libélulas em bambus fazem
Centopéias sem tabus fazem
Façamos, vamos amar
Os louva-deuses com fé fazem
Dizem que bichos de pé fazem
Façamos, vamos amar
As taturanas também fazem
com um ardor incomum
Grilos meu bem fazem
E sem grilo nenhum
Com seus ferrões os zangões fazem
Pulgas em calcinhas e calções fazem
Façamos, vamos amar
Tamanduás e tatus fazem
Corajosos cangurus fazem
Façamos, vamos amar
(Vem com a mãe)
Coelhos só e tão só fazem
Macaquinhos no cipó fazem
Façamos, vamos amar
Gatinhas com seus gatões fazem
Tantos gritos de ais
Os garanhões fazem
Esses fazem demais
Leões ao léu, sob o céu, fazem
Ursos lambuzando-se no mel fazem
Façamos, vamos amar
Façamos, vamos amar
Alguns leitores me pediram para dar dicas de sexo, pois é... Só tem um problema, não sei dica alguma, sexo tem que ser natural, o momento e as pessoas envolvidas é que vão ditando as regras da transa (trepada, coito, amor, como queira o leitor), que certamente já não servirão em outras ocasiões.
Creio que essa seja minha dica, nunca caiamos na mesmice, não nos resumamos, não sejamos só boquetes, só anal, só papai e mamãe, só sexo selvagem... Isso é fatal, a mesmice é o tédio, e tédio não combina com sexo, certo?
Não quero dizer com isso, que toda foda deva ser uma apoteose, sempre idéias mirabolantes, uma gastura criativa para impressionar, porque assim também seria mesmice... O lance é temperar, variar, experimentar...
Mas fica a dica aí:
Vamos trepar, trepar e trepar!!!
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Feliz Páscoa!!!!
Assinar:
Postagens (Atom)